sábado, 12 de maio de 2012

Cartas / em novembro de 2011

1º Carta. Primeiramente queria te pedir desculpas pelas mensagens mal educadas que lhe enviei e que hoje sei que você não merecia. Dei uma de detetive, fiz confusão e sofri por isso. Fiquei cega e tive certeza que você tinha mentido pra mim sobre tudo que me contou. Eu que falo tanto em não julgar os outros, acabei te julgando e te condenando culpado por me fazer sofrer com suas "possiveis" mentiras. Me desculpa??? Segundo quero acrescentar, caso não tenha ficado claro que pouquíssimas pessoas me desvenda, mostro só o que eu quero, não por maldade, mas por proteção e quero que você tenha absoluta certeza do que eu sinto por você. Terceiro, você pode até ter voltado realmente com ela, mas tenho comigo que amor não é! Respeito sua decisão, mas sabe... tem coisas que o coração só fala pra quem quer escutar. Você deve estar se pergunatndo o que me fez burlar outra vez minhas regras, não é? Eu te conto. É que tive certeza que meus sonhos e meu desejos de ser feliz deveriam ser mais reais do que meus medos e quando vi o brilho dos teus olhos e lembrei do sorriso que um dia se abriu pra mim, tive certeza que não havia outro lugar no mundo onde eu queria estar, alem de ali... ao seu lado! E pode ter certeza que se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais. A minha vida vai seguir, mas o que foi bonito - e como foi- fica com toda força. Mesmo que eu tente apagar com outras coisa bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E eu lembro, quase todos os dias, me sinto feliz - muito, muito feliz - e dá saudades. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia quando o coração insiste em trazer a tona, o que a cabeça vive tentando deixar pra trás. Então eu pego o "passado" e transformo em poesia ou em coisa assim. Não espero nada, nada de você, a não ser que leia minhas linhas e que tenha a certeza que sairam do fundo do coração. Afinal, nele a gente não manda, lembra? 2º carta. Hoje acordei com você na cabeça. Lembrei do nosso primeiro encontro. Você apareceu com seu abraço quente, seu corpo em equilibrio e sua mente me desafiando a ser. Depois de tanto desencontro, era aquele o nosso dia. A galaxia inteira conspirava: vá! E fomos... entendemos nossos mundos. Eu, brincando com a magia da vida. Você, transformando a realidade em realização plena. Levei uma rasteira. Palmas para a surpresa! No carro te achei lindo. Você e suas histórias de mil mundos. Seu cheiro, seu carinho, um olhar que tudo sabe e tudo quer. Fiquei ali. Sentanda. Eu e minha poesia (sim! Sou a poesia que você tanto repele). Nós duas - cumplices de um só coração - de repente ficamos mudas. Sua vida era a minha poesia. Assim. Rapido. Como se o mundo inteiro se abrisse na minha frente. Me encantei. Me achei. Era eu de novo. E um novo começo. Não consigo resistir a escrever sobre você. Você e seu jeito confuso. Você e esse rosto. De onde você tirou esse rosto? Meu Deus, aonde foi que você aprendeu a me olhar assim?? Sabe, eu sei amar. Mas não sei fugir. Por isso, não tente me parar. Não me peça pra não ir. Não me diga pra tomar cuidado, eu não sei amar mais ou menos. Quando eu decido, eu vou. Me entrego, me arrisco, me corto, me estrepo, azar meu, sorte minha que nasci assim. Meu coração se esgarça,a vida se desfaz, me embolo em mim mesma, dou nó. E daí? A vida é minha. O amor é meu. Me dou de bandeja pra quem eu quiser. Não importa se tudo parecer errado. Ninguém veio ao mundo pra acertar sempre. Haja paciência pra gente perfeita! Eu sei pouca coisa da vida, mas uma frase eu sigo a risca: é preciso acreditar. Minha razão não deixava meu coração acreditar em você. Mas quem disse que sigo minha razão? Acredito no que diz o silêncio na hora em que a mente cala. E meu silêncio- que não é mudo e que também escreve - dita com voz de quem sorri (as vezes desafiante): Confiem em si mesma. Quebre a rigidez. Ouse. Perca o medo. Perdoe-se. Brinque. Viva com leveza e encante-se. Meu verbo é sentir. Eu sinto. Sinto muito. E sei que tu sentes. E eles - que nem sei quem são - também sentem. Te pergunto: porque não conjulgamos a vida de uma forma diferente, só pra variar? Eu gosto da ideia. Eu gosto de tempos simples. Pessoas simples. Eu gosto do presente. Do agora. Do meu presente imperfeito. Sei que meu tempo não está na gramatica. Sei que meu desejo está fora de regra. Mas está em mim. Nosso tempo depende de nós. Depois dessas cartas, tantas coisas aconteceram... e eu ainda AMO!